As expectativas dos analistas de mercado para a inflação e para a economia brasileira em 2015 continuam a se deteriorar, de acordo com números do boletim Focus, do Banco Central.
A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 6,99% para 7,01%. Se realizada, será a primeira vez que a inflação supera 7% em um ano fechado desde 2004, quando subiu 7,60%. A previsão para 2016 não foi alterada e segue em 5,60%. Em 12 meses, a projeção caiu de 6,69% para 6,61%.
A expectativa de elevação neste ano tem sido influenciada pela alta dos preços administrados, que os analistas estimam agora em 9%, ante 8,70% na semana anterior. Neste ano, esse tipo de preço, que engloba itens como energia elétrica, tarifas de metrô e ônibus, água, etc, tem sido especialmente pressionado. Enquanto a estiagem faz subir as contas de água e luz, o descongelamento de tarifas do transporte público, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, deixou mais caras as passagens.
Boa parte dos peso dos administrados deve ser sentida no IPCA de janeiro, que os analistas mantiveram estimado em 1,20%. O indicador será divulgado pelo IBGE na sexta-feira.
Quanto à economia, a mediana das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano praticamente zerou ao cair de 0,13% para 0,03%. Há apenas quatro semanas, esperava-se um crescimento de 1,04%. Para 2016, a mediana do PIB cedeu de 1,54% para 1,50%.
Houve ajuste para baixo também na estimativa da produção industrial deste ano, de 0,69% para 0,50%. Em 2016, espera-se aumento de 2,50%.
Fonte: Valor online